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Este texto é fruto de um trabalho feito, entregue e apresentado em seminário para a disciplina de Controle Bibliográfico, na Faculdade de Ciências da Informação da Universidade de Brasília - FCI/UnB.
Sei que as personagens femininas de nossa Literatura ultrapassam o número de 150. Mas eu tinha um limite. Elas estavam todas numeradas, bem como as obras de referência, mas perdi os marcadores quando trouxe o texto para este Blog. Sei também que as referências bibliográficas são bem mais do que as que aqui se apresentam. Mas eu tinha pouco tempo. E mesmo no trabalho entregue, em cima da hora, consegui (ou precisei) acrescentar mais dados, como referências a filmes, minisséries e outras obras de crítica.
As personagens femininas estão apresentadas em ordem cronológica,
acompanhando a ordem dos períodos literários:
Caterina
Personagem lírica barroca brasileira da obra do
poeta baiano Gregório de Matos Guerra (1636-1696), baseada em existência
verídica, Caterina, cantada como musa inspiradora e amor proibido do poeta por
se tratar de uma prostituta da cidade de Salvador.
Ver:
MATOS, Gregório de. Seleção e Notas de Higino
Barros. Antologia. Porto Alegre:
L&PM, 2007.
MIRANDA, Ana. O
Boca do Inferno. São Paulo: Cia das Letras, 1999.
Nise
Personagem lírica árcade brasileira da obra do
poeta mineiro Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), Obras Poéticas (1768), baseada em possível existência verídica. A
dúvida permanece por conta da destruição da obra do poeta em função da deflagração
da Inconfidência Mineira, tendo seu tribunal acusado, julgado e condenado-o
culpado, e uma das penas aplicadas fora a destruição de sua obra, seus
pertences e seus documentos pessoais, o que fez perderem-se as possíveis
referências sobre sua musa inspiradora.
Ver:
COSTA, Cláudio Manuel da. Obras Poéticas. São Paulo: Global, 1994.
Glaura
Personagem lírica árcade brasileira da obra do
poeta mineiro Alvarenga Peixoto (1742-1793), Glaura (1783), baseada em existência verídica, Bárbara Heliodora,
amor e musa pastoril inspiradora do poeta.
Ver:
PEIXOTO, Alvarenga. Glaura – poemas eróticos. Rio de Janeiro: Companhia das Letras,
1996.
PEIXOTO, Alvarenga. Os Melhores Poemas de Alvarenga Peixoto. Seleção de Domingos
Carvalho da Silva. São Paulo: Global, 2002.
Marilia
Personagem lírica árcade brasileira da obra do
poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), conhecido por Dirceu, daí sua obra Marília de Dirceu (1792), baseada em
existência verídica, Maria Joaquina Doroteia de Seixas Brandão, dita Marília,
amor e musa inspiradora pastoril do poeta. Tendo sido deflagrada a Inconfidência
Mineira e o poeta condenado a cumprir degredo perpétuo em Moçambique, Maria
Joaquina Doroteia fora abandonada
pela impossibilidade do casamento e a concretização do amor, sendo por isso,
Marília, a representação do amor platônico do Arcadismo brasileiro.
Ver:
GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu – Edição do Bicentenário. Belo Horizonte:
Itatiaia, 1992.
Lindoia
Personagem épica árcade brasileira da obra O Uraguai (1769) do poeta Basílio da
Gama (1741-1795), criada a partir dos conceitos incipientes do indigenismo
literário brasileiro de fins do século XVIII. Lindoia era irmã de Caitutu,
prometida a Cacambo, indígena morto pelo Padre Balda, vilão do épico. Cacambo
morto, Lindoia se deixa matar picada por uma cobra.
Ver:
TEIXEIRA, Bento, Prosopopeia. GAMA, Basílio da, O
Uraguai. SANTA RITA DURÃO, Caramuru.
COSTA, Cláudio Manuel da. Vila Rica.
MAGALHÃES, Gonçalves de, A Confederação
do Tamoio. DIAS, Gonçalves, I-Juca
Pirama. In.: TEXEIRA, Ivan (Org.). Multiclássicos – Épicos. São Paulo: EdUSP e Imprensa Oficial do Estado de SP, 2008.
Tanajura
Personagem épica árcade brasileira da obra O Uraguai (1769) do poeta mineiro
Basílio da Gama (1741-1795), criada a partir dos conceitos incipientes do
indigenismo literário brasileiro de fins do século XVIII. Tanajura, amiga de
Lindoia, era feiticeira e antevia as grandezas de Portugal no governo
pombalino, recurso utilizado com intenções pessoais e políticas pelo poeta para
sua obra assumir caráter laudatório e bajulatório ao Marquês.
Ver:
TEIXEIRA, Bento, Prosopopeia. GAMA, Basílio da, O
Uraguai. SANTA RITA DURÃO, Caramuru.
COSTA, Cláudio Manuel da. Vila Rica.
MAGALHÃES, Gonçalves de, A Confederação
do Tamoio. DIAS, Gonçalves, I-Juca
Pirama. In.: TEXEIRA, Ivan (Org.). Multiclássicos – Épicos. São Paulo: EdUSP e Imprensa Oficial do Estado de SP, 2008.
Moema
Personagem épica árcade brasileira da obra Caramuru (1781) do poeta português Frei José
de Santa Rita Durão (1722-1784), criada a partir dos conceitos incipientes de
indigenismo literário brasileiro de fins do século XVIII. Moema é a indígena
preterida, em função de Paraguaçu, por Diogo Álvares Correa, o Caramuru, herói
português da colonização da Bahia no Brasil.
Ver:
TEIXEIRA, Bento, Prosopopeia. GAMA, Basílio da, O
Uraguai. SANTA RITA DURÃO, Caramuru.
COSTA, Cláudio Manuel da. Vila Rica.
MAGALHÃES, Gonçalves de, A Confederação
do Tamoio. DIAS, Gonçalves, I-Juca
Pirama. In.: TEXEIRA, Ivan (Org.). Multiclássicos – Épicos. São Paulo: EdUSP e Imprensa Oficial do Estado de SP, 2008.
Paraguaçu
Personagem épica árcade brasileira da obra Caramuru (1781) do poeta português Frei
José de Santa Rita Durão (1722-1784), criada a partir dos conceitos incipientes
de indigenismo literário brasileiro de fins do século XVIII. Paraguaçu é a
indígena escolhida por Diogo Álvares Correa, o Caramuru, herói português da
colonização da Bahia no Brasil, para se casar com ele e ser levada a Portugal,
para onde o Caramuru teria que regressar após o processo de colonização
iniciado por ele na Bahia.
Ver:
TEIXEIRA, Bento, Prosopopeia. GAMA, Basílio da, O
Uraguai. SANTA RITA DURÃO, Caramuru.
COSTA, Cláudio Manuel da. Vila Rica. MAGALHÃES, Gonçalves de, A Confederação do Tamoio. DIAS,
Gonçalves, I-Juca Pirama. In.:
TEXEIRA, Ivan (Org.). Multiclássicos – Épicos.
São Paulo: EdUSP e Imprensa Oficial do Estado de SP, 2008.
Ana Amélia
Personagem lírica do Romantismo brasileiro, da obra
do poeta maranhense Gonçalves Dias (1823-1864), baseada em existência verídica,
Ana Amélia, amor e musa inspiradora do poeta, ideal de beleza e impossibilidade
amorosa. A ela são dedicados inúmeros poemas como, por exemplo, “Se se morre de
amor”, “Leito das folhas verdes”, “Se te amo, não sei”, “Como eu te amo” etc.
Ver:
DIAS, Gonçalves. Cantos. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
DIAS, Gonçalves. Cantos. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
MIRANDA, Ana. Dias
e Dias: São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
LAJOLO, Marisa. O
Poeta do Exílio. São Paulo: FTD, 2011.
Leonor de
Mendonça – Duquesa de Bragança
Personagem dramática do Romantismo brasileiro, da
obra do poeta maranhense Gonçalves Dias (1823-1864), personagem título do drama
de mesmo nome, Leonor de Mendonça
(1846), personagem que, segundo o próprio autor, não tem nem um só crime, nem
um só vício; tem só defeitos. A peça gira em torno de um tema comum à era
romântica, sua fidelidade para com o marido, D Jaime, duque de Bragança, que,
enciumado, tal qual em William Shakespeare em seu drama Othello, mata sua esposa.
Ver:
GONÇALVES DIAS, Antônio. Leonor de Mendonça – Teatro. Belo Horizonte: VEGA, 1976.
GONÇALVES DIAS, Antônio. Teatro de Gonçalves Dias. Edição preparada por Luís Antônio Giron.
São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Laura
Personagem dramática do Romantismo brasileiro, da
obra do poeta maranhense Gonçalves Dias (1823-1864), Leonor de Mendonça (1846), filha da duquesa de Bragança (dona
Leonor de Mendonça) e irmã de Antônio e Manuel.
Ver:
GONÇALVES DIAS, Antônio. Leonor de Mendonça. Belo Horizonte: VEGA, 1976.
GONÇALVES DIAS, Antônio. Teatro de Gonçalves Dias. Edição preparada por Luís Antônio Giron.
São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Paula
Personagem dramática do Romantismo brasileiro, da
obra do poeta maranhense Gonçalves Dias (1823-1864), Leonor de Mendonça (1846), camareira da duquesa, boa e dócil, é
amiga de Antônio, um pretendente de Leonor, e o ajuda a aproximar-se da patroa.
Daí o suspense e a possível infidelidade.
Ver:
GONÇALVES DIAS, Antônio. Leonor de Mendonça. Belo Horizonte: VEGA, 1976.
GONÇALVES DIAS, Antônio. Teatro de Gonçalves Dias. Edição preparada por Luís Antônio Giron.
São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Beatriz
Cenci
Personagem dramática do Romantismo brasileiro, da
obra do poeta maranhense Gonçalves Dias (1823-1864), personagem título do drama
de mesmo nome, Beatriz Cenci (1843),
obra que se passa na Itália de 1598 e recupera um importante episódio histórico
na Itália pré-renascentista: a atração de Francisco Cenci por sua filha Beatriz
e os possíveis abusos para com ela e sua esposa, Lucrécia. Obra intertextual
com a lenda de Francisco Cenci.
Ver:
GONÇALVES DIAS, Antônio. Teatro de Gonçalves Dias. Edição preparada por Luís Antônio Giron.
São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Lucrécia
Personagem dramática do Romantismo brasileiro, da
obra do poeta maranhense Gonçalves Dias (1823-1864), Beatriz Cenci (1843), mãe de Beatriz, também maltratada e abusada
por seu marido Francisco Cenci.
Ver:
GONÇALVES DIAS, Antônio. Teatro de Gonçalves Dias. Edição preparada por Luís Antônio Giron.
São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Letícia
Personagem dramática do Romantismo brasileiro, da
obra do poeta maranhense Gonçalves Dias (1823-1864), Beatriz Cenci (1843), camareira de Dona Lucrécia, boa e leal.
Ver:
GONÇALVES DIAS, Antônio. Teatro de Gonçalves Dias. Edição preparada por Luís Antônio Giron.
São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Ângela
Personagem narrativa da obra do Romantismo
brasileiro Noite na Taverna (1855) de
Álvares de Azevedo (1831-1852), na qual faz parte do conto Bertram, quem se torna um perdido por causa de Ângela. Ela era
casada e ele lhe mata marido e filho para provar-lhe seu amor por ela.
Ver:
ÁLVARES DE AZEVEDO, Manuel Antônio. Noite na Taverna e Poemas Escolhidos de
Lira dos Vinte Anos. São Paulo: Moderna, 1996.
Bárbara
Personagem narrativa da obra do Romantismo
brasileiro Noite na Taverna (1855) de
Álvares de Azevedo (1831-1852), na qual faz parte do conto Solfieri, em que o personagem título é um libertino e cuja
narrativa se passa em Roma. Bárbara é uma condessa com quem o narrador vive uma
ardente paixão, participando de orgias e grandes festas. Quando ele a deixa,
comete ato de necrofilia com uma jovem morta e velada na igreja em que a
descobre.
Ver:
ÁLVARES DE AZEVEDO, Manuel Antônio. Noite na Taverna e Poemas Escolhidos de
Lira dos Vinte Anos. São Paulo: Moderna, 1996.
Nauza
Personagem narrativa da obra do Romantismo
brasileiro Noite na Taverna (1855) de
Álvares de Azevedo (1831-1852), na qual faz parte do conto Gennaro, no qual o narrador título é aprendiz de um pintor chamado
Godofredo e que é casado com Nauza, de apenas vinte anos. Gennaro se apaixona
por Nauza, mas é seduzido por Laura, filha de seu mestre. Laura engravida e
pede Gennaro em casamento, que recusa, por amar Nauza. Laura morre e o mestre
enlouquece. Porém, mesmo tendo pelo mestre respeito profissional e artístico,
Gennaro possui Nauza e o mestre, entristecido, pinta um quadro da filha morta e
de Gennaro ao seu lado, responsabilizando-o pela morte da menina.
Ver:
ÁLVARES DE AZEVEDO, Manuel Antônio. Noite na Taverna e Poemas Escolhidos de
Lira dos Vinte Anos. São Paulo: Moderna, 1996.
Eleonora
Personagem narrativa da obra do Romantismo
brasileiro Noite na Taverna (1855) de
Álvares de Azevedo (1831-1852), na qual faz parte do conto Claudius Hermann, libertino e jogador inveterado. Apaixona-se por
uma mulher até então desconhecida, Eleonora, que é uma condessa. Descoberta a
residência da condessa, Claudius a invade por várias vezes, envene-nando-a de
soníferos e, um dia, tendo o conde também tomado de seus venenos, rouba-a,
levando-a a uma estalagem. Ali, declara-se a ela, o que ela acha absurdo,
obrigando-o a soltá-la e levá-la para casa. Quando o narrador atende sua
exigência, a condessa percebe que o ama e o aceita. Porém, a narrativa de
Azevedo se caracteriza por várias intervenções e interrupções, o que acontece
com este conto e o narrador termina narrando seu último encontro com a
condessa: morta e abraçada ao seu marido conde, também morto.
Ver:
ÁLVARES DE AZEVEDO, Manuel Antônio. Noite na Taverna e Poemas Escolhidos de
Lira dos Vinte Anos. São Paulo: Moderna, 1996.
Giórgia
Personagem narrativa da obra do Romantismo brasileiro
Noite na Taverna (1855) de Álvares de
Azevedo (1831-1852), na qual faz parte do conto Johann, quem, depois de matar
um rapaz em duelo e encontrar em seu bolso um bilhete convite de uma misteriosa
senhorita G., sai ao encontro dela. Ela espera o morto, Arthur, porém quem
chega é o narrador, Johann. Giórgia, namorada do morto, recebe o narrador sem
se dar por nada de diferente e eles, então, se amam naquela noite. Ao
amanhecer, Johann descobre então ter possuído, sem saber, sua própria irmã. Ou
seja, além de estar indevidamente com sua irmã em ato sexual, também matou seu
futuro cunhado.
Ver:
ÁLVARES DE AZEVEDO, Manuel Antônio. Noite na Taverna e Poemas Escolhidos de
Lira dos Vinte Anos. São Paulo: Moderna, 1996.
Maria
Doroteia
Personagem dramática romântica da obra Gonzaga ou A Revolução de Minas (1867),
de Castro Alves (1847-1871), inspirado em Maria Doroteia, de real existência,
identificada como Marília no cancioneiro poético nacional, musa inspiradora de
Tomás Antônio Gonzaga, dito Dirceu, nos quais Castro Alves se inspirou por ter
em Gonzaga seu ídolo e uma espécie de mentor. Este drama foi escrito
especialmente para Eugenia Camara (1837-1874), atriz portuguesa, amor e
inspiração de Castro Alves, com quem e por quem viveu seus últimos anos um amor
arrebatado, tipicamente romântico, até morrer tuberculoso em Salvador – BA.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Teatro Completo. São Paulo: Martins
Fontes, 2004.
MARQUES, Xavier. Vida de Castro Alves. 3a. ed. revista e comentada. Rio de Janeiro:
Topbooks, 1997.
Carlota
Personagem dramática de Castro Alves (1847-1871),
da obra do Romantismo brasileiro Gonzaga
ou A Revolução de Minas (1867), escrava, filha de Cora e de Luís, que se
mata afogada no rio para não perder sua honra e pela vida do pai. É personagem
determinada e firme, agindo sempre pela honra e pelos valores morais e amorosos
(românticos) bem ao gosto da época e do autor.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio Frederico
de. Teatro Completo. São Paulo:
Martins Fontes, 2004.
Manuela
Personagem lírica romântica do poema de mesmo nome,
da obra póstuma Os Escravos (1883) do
poeta baiano Castro Alves (1847-1871), no qual Manuela é formosa rosa aberta no
sertão, com torço adamascado, provocante, mas esquiva, moreninha que tem em
cada peito um amor.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes. Publicação de O
Estado de São Paulo e Klick Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Lucia
Personagem lírica romântica do poema de Castro
Alves (1847-1871), Boa Noite, da obra
Espumas Flutuantes (1870), no qual o
poeta em relações intertextuais diversas relaciona e compara sua musa romântica
e amada a várias personagens de outros poetas e de outras obras.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes. Publicação de O
Estado de São Paulo e Klick Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Maria
Personagem lírica romântica do poema de Castro
Alves (1847-1871), Boa Noite, da obra
Espumas Flutuantes (1870), no qual o
poeta em relações intertextuais diversas relaciona e compara sua musa romântica
e amada a várias personagens de outros poetas e de outras obras. Maria é aquela
que, abrindo o poema, aperta o eu lírico contra seu seio.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas Flutuantes. Publicação de O Estado de São Paulo e Klick
Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Consuelo
Personagem lírica romântica do poema de Castro
Alves (1847-1871), Boa Noite, da obra
Espumas Flutuantes (1870), no qual o
poeta em relações intertextuais diversas relaciona e compara sua musa romântica
e amada a várias personagens de outros poetas e de outras obras. Consuelo é
aquela que, fechando o poema e desenrolando os cabelos, deixa o poeta dormir em
seu seio.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas Flutuantes. Publicação de O Estado de São Paulo e Klick
Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Julieta
Personagem lírica romântica do poema de Castro
Alves (1847-1871), Boa Noite, da obra
Espumas Flutuantes (1870), no qual o
poeta em relações intertextuais diversas relaciona e compara sua musa romântica
e amada a várias personagens de outros poetas e de outras obras. Julieta é
aquela que, em relações intertextuais com a personagem de Shakespeare, diz que
o eu lírico mentiu sobre o canto matinal, porém, segundo ele, ela é que mente,
posto que o canto seja dela.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas Flutuantes. Publicação de O Estado de São Paulo e Klick
Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Marion
Personagem lírica romântica do poema de Castro
Alves (1847-1871), Boa Noite, da obra
Espumas Flutuantes (1870), no qual o
poeta em relações intertextuais diversas relaciona e compara sua musa romântica
e amada a várias personagens de outros poetas e de outras obras. Marion é
aquela que, preocupada com a hora, ri, suspira, soluça, anseia e chora, mas é
tranquilizada pelo eu lírico porque ele lembra a ela que nada importam os raios
de uma nova aurora.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas Flutuantes. Publicação de O Estado de São Paulo e Klick
Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Teresa
Teresa é personagem lírica romântica do poema do
poeta romântico de Castro Alves (1847-1871), O Adeus de Teresa, da obra Espumas
Flutuantes (1870), é ela, a Teresa que o poeta vê pela primeira vez e como
as plantas que arrasta a correnteza a valsa os levou nos giros seus e se amaram
juntos, mas depois na sala "Adeus" ele lhe disse-lhe a tremer. E ela,
corando, murmurou-lhe: "adeus" também. Teresa é personagem recorrente
na Literatura Nacional, apresentando relação intertextual com outros poemas de
outros autores de momentos literários igualmente distintos, como é o caso de
Manuel Bandeira (1886-1968), quando em sua fase modernista também recria a
personagem de Castro Alves (ver Teresa,
n° 96).
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas Flutuantes. Publicação de O Estado de São Paulo e Klick
Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Dalila
Personagem lírico romântica do poema, escrito em
1864, de mesmo nome do poeta baiano Castro Alves (1847-1871) da obra Espumas Flutuantes (1870). Apresenta Dalila uma relação intertextual com o
poema Paradise Lost, de Milton. No
poema, narrativo e em diálogos, de Castro Alves, Dalila é representação do amor
impossível, a quem o eu lírico, em possível sonho, convida a dormir com ele,
habitando seu peito, que é um ninho vago. Ela aceita e eles se amam, um amor
que foi um delírio por uma mulher que foi sua crença.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas Flutuantes. Publicação de O Estado de São Paulo e Klick
Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Maria
Personagem lírica romântica do poema Maria, da obra póstuma As Cachoeiras de Paulo Afonso (1876), do
poeta baiano Castro Alves (1847-1871). Maria é, “mucama bonitinha”, aquela que
torna feliz o que a ouve tocar e cantar a viola espanhola da lua em frouxo
clarão.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas Flutuantes. Publicação de O Estado de São Paulo e Klick
Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos.
Organização de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Eugênia Câmara
Eugenia Infante da Camara (1837-1874), nascida em
Portugal, atriz, autora e tradutora de teatro, amor e musa inspiradora do poeta
romântico brasileiro, Castro Alves (1847-1871), quem lhe dedica seus maiores e
melhores poemas de amor, sendo sua musa e, por isso, sua personagem lírica mais
frequente e recorrente em poemas como Laço
de Fita, As Duas Flores, Amar e Ser Amado, etc.
Ver:
CASTRO ALVES, Antônio de. Espumas Flutuantes. Publicação de O Estado de São Paulo e Klick
Ed., 1997.
CASTRO ALVES, Antônio Frederico de. Espumas Flutuantes e Os Escravos. Orga-nização
de L. Dantas e P. Simpsom. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
MARQUES, Xavier. Vida de Castro Alves. 3a. ed. revista e
comentada. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.
Carolina
Personagem do romance brasileiro, pertencente ao
Romantismo folhetinesco de Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), A Moreninha (1844), o qual introduz este
gênero no Brasil, inovando com o artifício do Folhetim – periódicos encartados
nos jornais da época. Ambientado em Paquetá, estado do Rio de Janeiro, traz
Carolina, irmã de Augusto e namorada de Filipe, o qual, fugindo de seu amor, só
oficializa seu relacionamento com a moreninha quando descobre, casualmente, que
Carolina era a menina a quem ele teria, na infância, lhe jurado amor eterno, o
que corresponde aos ideais e valores burgueses românticos propalados por meio
dos folhetins, patrocinados por esta classe emergente e que se reconhecia artisticamente
neste tipo de literatura. A obra a qual pertence Carolina já foi adaptada para
o cinema e para a televisão.
Ver:
MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo: Martin Claret, 2001.
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Iracema
Personagem do romance romântico brasileiro,
pertencente ao Indianismo de José de Alencar (1829-1877), da obra homônima,
ambientada nas matas do nordeste brasileiro, no Ceará, e símbolo maior não só
de sua obra como também do Indianismo literário nacional. Iracema, a virgem dos
lábios de mel, representaria a formação do povo brasileiro a partir de sua
miscigenação, embora proibida pela tradição de sua tribo, os Tabajaras, mas
espontânea, com o português náufrago, Martim. Desta união, lhes nasceria
Moacir, sugerido pelo narrador como o primeiro dos brasileiros e sendo ele
também o iniciador, fruto de união amorosa, da raça brasileira. Assim, Iracema (1865) corresponde ao mito
literário de formação do povo brasileiro.
Ver:
ALENCAR, José de. Iracema, Ubirajara. São Paulo: EDIGRAF S.A., s.d.
LIRA Neto. O
Inimigo do Rei. São Paulo: Globo, 2006.
Ceci
Personagem do romance romântico brasileiro, O Guarani (1857), Cecília Mariz, da obra
de José de Alencar (1829-1877), filha de Dom Antônio de Mariz, por quem o
célebre índio, personagem do indianismo nacionalista oitocentista brasileiro,
Peri, se apaixona e a quem apelida de Ceci por não conseguir pronunciar seu
nome. O amor entre o indígena e menina aristocrata branca e descendente de
portugueses representa o ideal de amor impossível do projeto romântico
brasileiro. Ao final do romance, quando Peri e Ceci desaparecem num “dilúvio”
na floresta tropical brasileira, o autor sugere o mito de criação da nação
brasileira.
Ver:
ALENCAR, José de. O Guarani. São Paulo: EDIGRAF S.A., s.d.
LIRA Neto. O
Inimigo do Rei. São Paulo: Globo, 2006.
Lucia
Cortesã a serviço
dos homens da aristocracia carioca, personagem do romance romântico brasileiro Lucíola (1862), da obra de José de Alencar
(1829-1877), dito fundador da Literatura Nacional. Lúcia, na verdade Maria da
Glória, apaixona-se por Paulo, jovem egresso do Recife, formado em Direito, que
também se apaixona pela cortesã, que, embora o amando, não pretende, como ele
quer, abandonar a prostituição posto que Paulo, desempregado e tentando a vida
no Rio, não teria como sustentá-la em sua vida de luxo e de ostentação. Depois
descobre-se que Lúcia chamava-se Maria da Glória, tendo trocado de nome quando
menina para, inserida nos preceitos românticos de pureza e religiosidade, ter
protegido de seus pecados a sua vida passada pura por ter se entregado adulta à
prostituição, o que ocorreu por ter sido estuprada, ainda menina, por um
senador do Império, o senador Couto. Lucíola faz parte da trilogia, juntamente com Diva e Senhora,
denominada Perfis Femininos de José de Alencar.
Ver:
ALENCAR, José de. Lucíola. São Paulo: EDIGRAF S.A., s.d.
LIRA Neto. O
Inimigo do Rei. São Paulo: Globo, 2006.
Diva
Personagem do romance romântico urbano e epistolar
de José de Alencar (1829-1877), Diva
(1864), publicado em folhetim, no qual a personagem título é conhecida por
Emília Duarte, amor do narrador, Amaral, quem a compara com uma Vênus, daí o
título da obra. Diva faz parte da
trilogia, juntamente com Lucíola e Senhora, denominada Perfis Femininos de José de Alencar.
Ver:
ALENCAR, José de. Diva. São
Paulo: EDIGRAF S.A., s.d.
LIRA Neto. O
Inimigo do Rei. São Paulo: Globo, 2006.
Aurélia
Aurélia Camargo é personagem do romance romântico
brasileiro, da obra Senhora (1875) de
José de Alencar (1829-1877), mulher reconhecida na tradição literária nacional
como personagem pré-realista por se portar diferentemente das mulheres
românticas, personagens de sua mesma época. Considerada assim pelo fato de
“comprar” seu marido, Fernando Seixas, devolvendo-lhe o dote pago e obrigando-o
a casar-se com ela. Aurélia é personagem da obra que pertence à trilogia,
juntamente com Lucíola e Diva, denominada Perfis Femininos de José de Alencar.
Ver:
ALENCAR, José de. Senhora.
São Paulo: EDIGRAF S.A., s.d.
LIRA Neto. O Inimigo do Rei. São Paulo: Globo, 2006.
Alice
Personagem do romance romântico brasileiro, da obra
de José de Alencar (1829-1877), O Tronco
do Ipê (1871), obra regionalista na qual a personagem Alice, filha de dom
Joaquim e de dona Julia, um dia cai no boqueirão, um olho d’água da fazenda em
que moram, e Mário a salva. Eles se apaixonam, mas Mário não quer aceitar nem a
paixão nem o casamento por ser Alice filha do possível assassino de seu pai,
José Figueira. O Tronco do Ipê é
romance representativo do regionalismo romântico brasileiro e representativo da
obra de José de Alencar.
Ver:
ALENCAR, José de. O Tronco do
Ipê. São Paulo: EDIGRAF S.A., s.d.
LIRA Neto. O Inimigo do Rei. São Paulo: Globo, 2006.
Inocência
Personagem do regionalismo romântico brasileiro, da
obra homônima de Visconde de Taunay (1843-1899), Inocência (1872), na qual a frágil protagonista encena um triângulo
amoroso com Manecão e Cirino, na medida em que, como menina interiorana,
romântica e do século XIX já havia sido prometida a Manecão, homem sertanejo e
rude, mas tendo conhecido Cirino, uma espécie de curandeiro confundido e se passando
por médico, dada a possível ignorância local, eles se apaixonam um pelo outro,
mas tendo o romance um final trágico posto que Manecão não deixa sua honra de
homem sertanejo ser manchada pela protagonista que o rejeita. Inocência representa a transição para o
Realismo, tendo em vista o vigor descritivo de Taunay e a presença de elementos
científicos, típicos de fins de século XIX, quando há a presença de um
entomologista alemão, Meyer, que encontra uma borboleta nunca antes catalogada
e o faz homenageando a menina, tão bela quanto a borboleta.
Ver:
TAUNAY, Visconde de. Inocência. São Paulo: Martin Claret, 2001.
Luisinha
Personagem do romance romântico brasileiro, da obra
de Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), Memórias
de Um Sargento de Milícias (1852), Luisinha é par romântico do protagonista
Leonardo Pataca, filho do senhor de seu mesmo nome e de Maria das Hortaliças.
Luisinha é órfã, cuidada pela tia, que a obriga casar-se com José Manuel.
Viúva, casa-se com Leonardinho.
Ver:
ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um Sargento de Milícias. Porto Alegre: L&PM
Pocket, 2001.
Maria das
Hortaliças
Personagem do romance romântico brasileiro, da obra
de Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), Memórias
de Um Sargento de Milícias (1852), mãe do protagonista, casada com Leonardo
Pataca, mesmo nome de seu filho, o protagonista. Ela conhece Leonardo Pataca
(pai) no navio que traz a Família Real portuguesa ao Brasil. Já desembarga no
Rio de Janeiro grávida, mas abandona o marido e o filho, amigando-se de outro
homem e fugindo com ele para Portugal.
Ver:
ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um Sargento de Milícias. Porto Alegre: L&PM Pocket,
2001.
Margarida
Personagem do romance regional romântico
brasileiro, O Seminarista (1872), de
Bernardo Guimarães (1825-1884), Margarida é filha de dona Umbelina e é afilhada
dos pais do protagonista do romance, Capitão Francisco Antunes e Sra. Antunes,
Eugênio, por quem se apaixona e vive uma nostálgica e pura história de amor
infantil, interrompida com a ida dele ao seminário e retomada com sua volta ao
final do romance, o que desencadeia, tendo as intrigas e as mentiras sendo
desvendadas, seu final trágico.
Ver:
GUIMARÃES, Bernardo. O Seminarista. São Paulo:
Moderna, 1993.
Senhora
Antunes – Mãe de Eugênio
Personagem do romance regional romântico
brasileiro, O Seminarista (1872), de
Bernardo Guimarães (1825-1884), casada com Capitão Francisco Antunes, é a mãe
de Eugênio, o protagonista do romance. É ela que, tendo feito uma promessa, faz
com que seu filho abandone seu amor por Margarida, levando-o ao seminário,
entrecho que conduz a linha narrativa da obra.
Ver:
GUIMARÃES, Bernardo. O Seminarista. São Paulo: Moderna, 1993.
Isaura
Personagem do romance regional romântico
brasileiro, A Escrava Isaura (1875),
de Bernardo Guimarães (1825-1884), romance aplaudido pelo então Imperador D
Pedro II, tendo em vista sua severa crítica à escravidão no Brasil. Isaura,
personagem central da obra é filha de escravos, mas criada na casa grande com
todos os mimos possíveis pela dona da casa e mãe de Leôncio, apaixonado por
ela, mas sem admiti-lo. Isaura também é reconhecida em determinada altura da
obra por Elvira, quando mora, fugida, no Recife. A Escrava Isaura traz a tona sérias questões contra a escravidão e
em favor do abolicionismo, correspondendo a uma das obras mais importantes de
nossa literatura, mais pelo teor crítico do que propriamente pela história que
encerra.
Ver:
GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. São Paulo: Moderna, 1995.
Helena
Personagem do romance romântico brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase romântica de Machado de Assis
(1839-1908), Helena, personagem
título, era filha bastarda do conselheiro Vale, que a reconhece apenas na
leitura de seu testamento, deixando à recém-reconhecida filha uma parte de sua
herança. Seu irmão, Estácio, a aceita, porém, sua tia, Úrsula, e o amigo, Sr.
Camargo, não a aceitam.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Helena.
São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Iaiá Garcia
Personagem do romance romântico brasileiro, ambientado
no Rio de Janeiro, pertencente à fase romântica de Machado de Assis
(1839-1908), Iaiá Garcia, personagem
título, filha do viúvo Luís Garcia que via na sua filha todos os seus cuidados
e afetos. Iaiá Garcia casa-se com Jorge, filho de uma amiga de Luís. O romance
é considerado uma chamada para as características literárias de Machado de
Assis que o farão conhecido como o maior, o melhor e o mais importante escritor
brasileiro do século XIX e um dos maiores da língua portuguesa por trazer,
mesmo de leve, a ironia, o fino humor e a forma peculiar como descreve os
personagens.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Iaiá Garcia. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Capitu
Personagem do romance realista brasileiro, ambientado
no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis (1839-1908),
em sua obra prima, Dom Casmurro
(1899), símbolo feminino maior de toda a Literatura Brasileira e um dos maiores
da Literatura em Língua Portuguesa, dada a sua descrição enigmática e complexa,
tão somente feita a partir de seus olhos. Capitolina, reconhecida apenas por Capitu
teria olhos de cigana oblíqua e dissimulada e olhos de ressaca, descrições tais
que, de acordo com o narrador em 1ª pessoa, seu eterno namorado e marido, Bento
de Albuquerque Santiago, angustiado e possivelmente traído, são cabais para sua
suspeita de traição, já que o pivô deste triângulo amoroso, Escobar, amigo de
seminário do narrador, morrera afogado no mar em dia de ressaca. Porém, o
enigma nunca se revela e Capitu permanece no rol das maiores e mais bem
elaboradas personagens nacionais. Capitu já foi tema de música, filme, seriado
de TV, sendo o romance adaptado para tais linguagens, além de ser recriada por
outros autores da Literatura Nacional, como Lygia Fagundes Teles e Fernando Sabino,
para que, já que não ocorre em seu romance de origem, pudesse ter um “espaço”
em sua defesa. Dom Casmurro faz parte
da Trilogia Realista de Machado de Assis, juntamente com Quincas Borba e Memórias
Póstumas de Brás Cubas.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Dom Casmurro. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
TELLES, Lygia Fagundes e SALLES GOMES, Paulo
Emílio. Capitu. São Paulo: Siciliano,
1999.
SABINO, Fernando. Amor de Capitu. São Paulo: Ática, 2008.
SABINO, Fernando. O Bom Ladrão. São Paulo: Ática, 2009
OZZETTI, Ná. Estopim.
Eldorado Discos, 1999. Faixa 2.
TATIT, Paulo. Rodopio.
Dabliú Discos, 2008. Faixa 3.
CADERNOS de Literatura Brasileira – Machado de
Assis. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2008.
Dona
Fortunata
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), em sua obra prima, Dom
Casmurro (1899), Dona Fortunata é mãe de Capitu. É uma mulher relativamente
pobre e simples, casada com o Senhor Pádua, a quem o narrador chama o
Tartaruga, é mulher prendada, amiga e vizinha de Dona Glória, mãe do
protagonista Bentinho ou Bento de Albuquerque Santiago. Dom Casmurro faz parte da Trilogia Realista de Machado de Assis,
juntamente com Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Dom Casmurro. São Paulo: W.M. Jackson
INC., 1962.
Dona Glória
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), em sua obra prima, Dom
Casmurro (1899), mãe do protagonista Bento de Albuquerque Santiago e esposa
de Pedro de Albuquerque Santiago, quem, quando começa a narrativa do romance,
já estava morto. Dona Glória, muito religiosa e já tendo perdido um filho antes
do protagonista, faz promessa durante a gravidez, prometendo que se seu filho
for homem, ele há de seguir a carreira eclesiástica. É este o entrecho inicial
do romance, porque o afasta de Capitu. Dom
Casmurro faz parte da Trilogia Realista de Machado de Assis, juntamente com
Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Dom Casmurro. São Paulo: W.M. Jackson
INC., 1962.
Prima
Justina
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), em sua obra prima, Dom
Casmurro (1899), Prima Justina é prima da mãe de Bento, D Glória, vivendo
com eles na mesma casa da Rua de Matacavalos. Prima Justina, assim como tio
Cosme e José Dias, é agregada da família. Dom
Casmurro faz parte da Trilogia Realista de Machado de Assis, juntamente com
Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Dom Casmurro. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Sancha
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), em sua obra prima, Dom
Casmurro (1899), amiga de Capitu desde a infância, mora na sua mesma Rua de
Matacavalos. Será a mulher de Escobar, melhor amigo de Bento, o pivô do
possível triângulo amoroso que atormenta o narrador. Dom Casmurro faz parte da Trilogia Realista de Machado de Assis,
juntamente com Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Dom Casmurro. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Virgília
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881), é Virgília amante do protagonista, Brás Cubas, casada com
Lobo Neves. Virgília é o amor mais duradouro de Brás, porém nunca conseguiu
dela mais do que o posto de amante. Em seu leito de morte, é ela a única que
lhe faz uma visita antes de ele partir e escrever suas memórias. Memórias Póstumas de Brás Cubas faz
parte da Trilogia Realista de Machado de Assis, juntamente com Quincas Borba e Dom Casmurro.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: W.M. Jackson INC.,
1962.
Marcela
Personagem do romance realista brasileiro, ambientado
no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis (1839-1908),
Memórias Póstumas de Brás Cubas
(1881), Marcela é uma prostituta por quem Brás Cubas se apaixona. É seu
primeiro amor, mulher mais velha que ele, responsável por sua iniciação sexual
por quem ele foi realmente apaixonado, mas descobre que ela só o amava
proporcionalmente ao quanto ele gastava com ela, chegando à conclusão de que
“Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis, nada menos”. Memórias Póstumas de Brás Cubas faz
parte da Trilogia Realista de Machado de Assis, juntamente com Quincas Borba e Dom Casmurro.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São
Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Eugenia
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881), Eugênia é a personagem que, depois da morte da mãe do
protagonista, Brás Cubas vai cortejar, intentando o casamento. É ela a
personagem coxa do romance, a quem ele dedica uma grande reflexão filosófica:
Por que coxa se bonita? Por que bonita se coxa? Memórias Póstumas de Brás Cubas faz parte da Trilogia Realista de
Machado de Assis, juntamente com Quincas
Borba e Dom Casmurro.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São
Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Eulália
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881), Eulália é uma das mulheres que ficam na mira de Brás Cubas.
Ela logo morre de tuberculose, saindo cedo do romance, abrindo espaço para que
o protagonista encontre outras mulheres a quem cortejar. Memórias Póstumas de Brás Cubas faz parte da Trilogia Realista de
Machado de Assis, juntamente com Quincas
Borba e Dom Casmurro.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São
Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Dona Plácida
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881), Dona Plácida é velha alcoviteira que protege os encontros
amorosos de Virgília com Brás Cubas, acobertando-os de Lobo Neves, marido da
amante de Brás Cubas. Memórias Póstumas
de Brás Cubas faz parte da Trilogia Realista de Machado de Assis,
juntamente com Quincas Borba e Dom Casmurro.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São
Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Sabina
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881), Sabina é irmã de Brás Cubas, com quem fica brigado por algum
tempo por questões familiares de divisão de herança. Memórias Póstumas de Brás Cubas faz parte da Trilogia Realista de
Machado de Assis, juntamente com Quincas
Borba e Dom Casmurro.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo:
W.M. Jackson INC., 1962.
Natividade
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Esaú e Jacó (1904),
Natividade é mãe dos irmãos gêmeos Pedro e Paulo, protagonistas do romance.
Dona Natividade é mulher supersticiosa, fazendo sua curiosidade permitir que,
mesmo escondida de seu marido, subisse o morro no Rio de Janeiro para consultar
uma cartomante vidente sobre o futuro de seus filhos, que, tão logo começaram a
mexer em sua barriga, desde então já brigavam.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Esaú e Jacó. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Flora
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Esaú e Jacó (1904),
Flora completa o triângulo amoroso da obra já que tanto Paulo como Pedro se
apaixonam por ela e ela não se mostra decidida nem por um nem por outro. Muito
frágil, adoece e morre, sendo esta personagem uma possível crítica à obra
realista machadiana, já que é construída dentro de um quase modelo romântico.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Esaú e Jacó. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Sofia Palha
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Quincas Borba (1890),
esposa de Cristiano Palha, formam um casal oportunista, invejando e
ambicionando a fortuna de Rubião, herdada de Quincas Borba, o filósofo. Sofia
engana Rubião, fazendo-o acreditar em sua paixão por ele para arrancar-lhe
presentes e dinheiro. Quincas Borba faz
parte da Trilogia Realista de Machado de Assis, juntamente com Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Quincas Borba. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Dona Carmo
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Memorial de Aires
(1908), senhora de idade casada com Aguiar e sem filhos. Dona Carmo cuida de
Tristão, um menino cujos pais viajavam muito. Homem feito, Tristão parte para
Portugal, para estudar Medicina e nunca mais volta, deixando ao casal,
principalmente Dona Carmo triste e solitária até que aparece Fidélia para
alegrar seu cotidiano.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Memorial de Aires. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Fidélia
Personagem do romance realista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, pertencente à fase realista de Machado de Assis
(1839-1908), Memorial de Aires (1908),
Fidélia é viúva e amiga dos protagonistas do romance, Aguiar e Carmo, para quem
leva companhia e amizade.
Ver:
MACHADO DE ASSIS, J. Maria. Memorial de Aires. São Paulo: W.M. Jackson INC., 1962.
Ana Rosa
Personagem do romance naturalista brasileiro, ambientado
em São Luís do Maranhão, O Mulato
(1881), da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). Ana Rosa é filha do comerciante
português Manuel Pescada e sobrinha de José Pedro Silva, prima de Raimundo (o
mulato) e neta materna de Maria Bárbara. É menina temperamental e fraca,
apaixonando-se por seu primo Raimundo e, não conseguindo se desvencilhar de sua
família e valores, acaba cedendo às ordens da avó e do pai, casando-se com um
comerciante ajudante de Manuel Pescada.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Mulato. São Paulo: Ática: 1993.
Maria
Bárbara
Personagem do romance naturalista brasileiro,
ambientado em São Luís do Maranhão, O
Mulato (1881), da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). É avó de Ana Rosa e
sogra de Manuel Pescada. Mulher racista e preconceituosa, faz valer tradições e
costumes morais sociais a qualquer preço. É dela a responsabilidade pela
criação da neta, já que sua filha morre deixando a menina órfã. Assim, é ela a
responsável maior pela não aceitação do mulato Raimundo, sobrinho de Manuel
Pescada e primo de Ana Rosa, em sua casa para não serem mal falados.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Mulato. São Paulo: Ática: 1993.
Bertoleza
Personagem do romance naturalista brasileiro, ambientado
no Rio de Janeiro, O Cortiço (1890),
da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). Escrava foragida e enganada quanto à
sua alforria pelo comerciante português João Romão, com quem vive amigada.
Vivem pelo trabalho e ela, como mulher do comerciante, é responsável pela casa
e pela comida. Bertoleza passa a um entrave nos interesses de João Romão,
quando ele, enriquecido, pretende se casar com a filha do vizinho e nobre
Miranda, Zulmira Miranda. Assim, para se ver livre da escrava, entrega-a aos
seus donos. Porém, para não voltar a ser cativa, Bertoleza se mata na cozinha
de casa, na hora em que preparava o almoço.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: Ática, 2000.
Stela
Miranda
Personagem do romance naturalista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, O Cortiço
(1890), da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). Stela é esposa do Sr. Miranda e
mãe de Zulmira Miranda. São ricos, nobres e burgueses, porém se incomodam com a
vizinhança, já que esta é composta pelo cortiço de João Romão. Stela Miranda é
adúltera e trai seu marido com um sobrinho dele, Henrique.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: Ática, 2000.
Zulmira
Miranda
Personagem do romance naturalista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, O Cortiço
(1890), da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). Zulmira é filha de Stela e de
Sr Miranda, menina rica e bem criada, acaba por se casar com o comerciante
emergente português, dono do cortiço, João Romão.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: Ática, 2000.
Rita Baiana
Personagem do romance naturalista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, O Cortiço
(1890), da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). Rita Baiana é mulata, moradora
do cortiço de João Romão. É mulher pobre e mal-educada, não se preocupa com
valores morais e sociais quanto à virgindade e casamento, de maneira que namora
Firmo e é amante de Jerônimo. Rita Baiana é comparada às cobras, e a outros
animais de maneira negativa.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: Ática, 2000.
Leonie
Personagem do romance naturalista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, O Cortiço
(1890), da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). Leonie é prostituta homossexual
e tia de Pombinha, a quem além de ajudar com dinheiro e comida, também alicia,
intentando benefícios sexuais.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: Ática, 2000.
Piedade
Personagem do romance naturalista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, O Cortiço
(1890), da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). Piedade é portuguesa, esposa de
Jerônimo. Sofre por saber que o marido é amante de Rita Baiana, mas, de acordo
com os padrões morais e sociais da época, Piedade acaba aceitando a situação e
vivendo com o marido adúltero apesar de tudo.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: Ática, 2000.
Pombinha
Personagem do romance naturalista brasileiro,
ambientado no Rio de Janeiro, O Cortiço
(1890), da obra de Aluísio Azevedo (1857-1913). Pombinha é sobrinha de Leonie,
prostituta homossexual. Sua tia, por abusá-la, acaba por forçá-la à
prostituição também, o que comprova o intuito do autor da obra em demonstrar o
determinismo, teoria científica da época que justificava, também por meio da
literatura, o comportamento de certos grupos e indivíduos em sociedade.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. São Paulo: Ática, 2000.
Amélia
Coqueiro
Personagem do romance naturalista brasileiro, Casa de Pensão (1884), da obra de
Aluísio Azevedo (1857-1913). Irmã de João Coqueiro, Amélia acaba por ser o
títere nas mãos do irmão, que a força casamento com o jovem e rico maranhense
Amâncio de Vasconcelos. Amélia e João Coqueiro forjam uma gravidez para ela,
acusando Amâncio pelo ato, para forçarem um casamento de interesses, ganância e
tragédias.
Ver:
AZEVEDO, Aluísio. Casa de Pensão. São Paulo: Ediouro, 2002.
Ema
Personagem do romance naturalista brasileiro, O Ateneu (1888), da obra de Raul Pompeia
(1863-1895). Ema é a única mulher no internato masculino O Ateneu e esposa do
diretor autoritário e interesseiro da escola, Aristarco. Dona Ema parece ter
grande amor maternal pelo protagonista, Sérgio, que o acompanha até o final da
narrativa, por ser a única que o trata com amor desinteressado e é extremamente
cordial com ele e com todos os alunos do colégio O Ateneu.
Ver:
POMPÉIA, Raul. O
Ateneu. São Paulo: Moderna, 1986.
Lenita
Personagem do romance naturalista brasileiro, A Carne (1888), da obra de Júlio Ribeiro
(1845-1890). Lenita é órfã de mãe, vivendo apenas com seu pai, já velho e
doente. Quando seu pai falece, recomenda a filha a um grande amigo da família,
que será seu tutor. Lenita, apesar de ser mulher no século XIX, é grande
estudiosa, entusiasta e favorável às ciências e ao papel da mulher na
sociedade. Quando chega à fazenda de seu tutor, conhece o filho dele, por quem
a princípio tem desprezo, mas que, com o passar do tempo, passa a lhe ter
afeição tão somente por ser ele também um estudioso e cientista. Ela engravida
dele sem serem casados, ela mantém segredo disso, foge para o Rio e o abandona.
Lá ela se amiga de “um qualquer”, em suas palavras, que a reconhece como esposa
e a seu filho.
Ver:
RIBEIRO, Júlio. A
Carne. São Paulo: Martin Claret, 2002.
Dona
Carolina
Personagem do romance naturalista brasileiro, O Bom Crioulo (1895), de Adolfo Caminha
(1867-1897). Dona Carolina é a dona da pensão em que moram Amaro e Aleixo.
Aquele, ex-escravo e funcionário da marinha, conhecido pelo apelido de Bom
Crioulo, dado seu caráter bom e pacífico, e este, jovem loiro e grumete da
marinha. Os dois se conhecem num navio, a serviço da marinha e acabam tendo um
romance homossexual. Dona Carolina aparece no romance como pivô do triângulo
amoroso, se envolvendo com Aleixo, despertando a ira e o ciúme do bom crioulo,
espantando a todos pela atitude irascível que toma diante da situação de
traído.
Ver:
CAMINHA, Adolfo. O Bom Crioulo. São Paulo: Martin Claret, 2001.
Emília
Personagem da narrativa infantil brasileira, da
obra de Monteiro Lobato (1882-1948), sob título genérico de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, publicada
entre 1921 e 1947, Emília, a boneca gente, personificada, é fruto da criação de
tia Nastácia, que a fez e a quem lhe deu vida. Emília é célebre e figura,
juntamente com Capitu e Diadorim, no rol das mais significativas personagens
nacionais, participando do imaginário e do cotidiano dos brasileiros. Emília é
questionadora, atrevida, esperta, corajosa e inteligente. Uma tagarela
inveterada e cheia de planos e artimanhas para vencer em seu favor as opiniões
contrárias e as questões com as quais não concorda. É criança, é boneca, mas
tem a espirituosidade de adulta. Pertence à Narizinho.
Ver:
LOBATO, Monteiro. Sítio do Pica-Pau Amarelo. 12 vols. São Paulo: Brasiliense, 1972.
AZEVEDO, Carmen Lucia de; CAMARGOS, Márcia;
SACCHETA, Vladimir. Furacão na Botocúndia.
São Paulo: SENAC, 2001.
Dona Benta
Personagem da narrativa infantil brasileira, da
obra de Monteiro Lobato (1882-1948), sob título genérico de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, publicada
entre 1921 e 1947, Dona Benta é avó de Pedrinho e de Narizinho, dona do sítio
do Pica-Pau Amarelo, é o protótipo da vovó querida e amável, quem conta
histórias e quem faz lanches deliciosos de fim de tarde. Dona Benta é
responsável pela contação de histórias nos contos do Sítio do Pica-Pau Amarelo,
o que tem duplo significado: 1°. é ela então quem traz o conhecimento literário
acumulado ao enredo dos contos de que participa, tornando-os verossímeis e
intertextualizados com a narrativa tradicional literária, não só estrangeira
como também brasileira, trazendo lendas e folclores para o universo infantil
brasileiro e, 2°, é exatamente por isso que faz com que as narrativas sejam
aventureiras e, como já dito, verossímeis, porque mexe com a imaginação de seu
neto Pedrinho, tornando-o o representante, junto com Narizinho, Emília e todos
do sítio, das ações e atitudes fantasiosas, aguçando a curiosidade do leitor
infantil. Dona Benta é o melhor resultado de artifício literário alcançado na
obra de Monteiro Lobato e da literatura infantil nacional.
Ver:
LOBATO, Monteiro. Sítio do Pica-Pau Amarelo. 12 vols. São Paulo: Brasiliense, 1972.
AZEVEDO, Carmen Lucia de; CAMARGOS, Márcia;
SACCHETA, Vladimir. Furacão na Botocúndia.
São Paulo: SENAC, 2001.
Tia Nastácia
Personagem da narrativa infantil brasileira, da
obra de Monteiro Lobato (1882-1948), sob título genérico de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, publicada
entre 1921 e 1947. Tia Nastácia é negra, é a cozinheira do Sítio do Pica-Pau
Amarelo, a grande companheira de dona Benta, e a melhor cozinheira da
literatura nacional. É baseada em existência real, Anastácia, babá do filho de
Monteiro Lobato. Uma mulher alta, boa, resmunguenta e habilíssima quituteira,
assim como a tia Nastácia de sua criação.
Ver:
LOBATO, Monteiro.
Sítio do Pica-Pau Amarelo. 12 vols. São Paulo: Brasiliense, 1972.
AZEVEDO, Carmen Lucia de; CAMARGOS, Márcia;
SACCHETA, Vladimir. Furacão na
Botocúndia. São Paulo: SENAC, 2001.
Narizinho
Personagem da narrativa infantil brasileira, da
obra de Monteiro Lobato (1882-1948), sob título genérico de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, publicada
entre 1921 e 1947. Narizinho, que se chama Lucia Encerrabodes de Oliveira, tem
oito anos, é neta de dona Benta e irmã de Pedrinho. Ganhou o apelido por ter
nariz arrebitado. Adora comer jabuticaba do pé, inventar reinações e conversar
com Emília, sua melhor amiga e grande companheira. A boneca Emília é dela.
Ver:
LOBATO, Monteiro.
Sítio do Pica-Pau Amarelo. 12 vols. São Paulo: Brasiliense, 1972.
AZEVEDO, Carmen Lucia de; CAMARGOS, Márcia;
SACCHETA, Vladimir. Furacão na
Botocúndia. São Paulo: SENAC, 2001.
Cuca
Personagem da narrativa infantil brasileira, da
obra de Monteiro Lobato (1882-1948), sob título genérico de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, publicada
entre 1921 e 1947. A Cuca é representativa do folclore brasileiro, tem a
aparência de um grande jacaré e, segundo a lenda, rouba crianças desobedientes.
No Sítio do Pica-Pau Amarelo, quando a Cuca é mostrada pela primeira vez, no conto
de 1921, O Saci, a personagem é
descrita apenas como uma bruxa velha com rosto de jacaré, unhas compridas como
as de um gavião e de cabelo amarelo. A Cuca é má e aterrorizante, mas Emília a
enfrenta e a provoca.
Ver:
LOBATO, Monteiro.
Sítio do Pica-Pau Amarelo. 12 vols. São Paulo: Brasiliense, 1972.
AZEVEDO, Carmen Lucia de; CAMARGOS, Márcia;
SACCHETA, Vladimir. Furacão na
Botocúndia. São Paulo: SENAC, 2001.
Clara dos
Anjos
Personagem da narrativa pré-modernista da obra
póstuma Clara dos Anjos (1948) de
Lima Barreto (1881-1922). Clara dos Anjos é mulata pobre, muito bem educada
apesar das dificuldades, apaixonada pelo malandro Cassi Jones, engravida e
conta toda a história à mãe. As duas resolvem procurar a família do rapaz, que
estava em São Paulo, mas é mal tratada por serem pobres e negros e como apenas
mais uma menina desonrada pelo malandro.
Ver:
BARRETO, Lima. Clara
dos Anjos. São Paulo: Martin Claret, 2003.
Adelaide
Personagem do romance pré-modernista O Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915),
obra prima de Lima Barreto (1881-1922), Adelaide é irmã de Policarpo Quaresmo,
mulher bonita, porém um tanto apática e levemente mal-humorada. É ela quem
cuida dele e tem imenso apreço, carinho e confiança nele.
Ver:
BARRETO, Lima. Triste
Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Martin Claret, 2002.
Olga
Personagem do romance pré-modernista O Triste Fim de Policarpo Quaresma
(1915), obra prima de Lima Barreto (1881-1922), Olga é afilhada de Policarpo
Quaresma, filha de um grande amigo seu, Vicente Coleoni, com quem mora num
palacete. É Olga quem aconselha o padrinho a vender sua casa no subúrbio
carioca e comprar um sítio, o Sítio Sossego, na cidade fictícia de Curuzu. Olga
é a única que, em estágio de possível loucura de seu padrinho, não o abandona,
juntamente com Adelaide.
Ver:
BARRETO, Lima. Triste
Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Martin Claret, 2002.
Dona
Maricota
Personagem do romance pré-modernista O Triste Fim de Policarpo Quaresma
(1915), obra prima de Lima Barreto (1881-1922), Dona Maricota é vizinha de
Policarpo Quaresma e de Adelaide, é esposa de Albernaz, é mulher forte e
altiva.
Ver:
BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. São
Paulo: Martin Claret, 2002.
Ci
Personagem do romance modernista brasileiro, da
obra prima de Mário de Andrade (1893-1945), Macunaíma
– O herói sem nenhum caráter (1928), em que representa uma divindade por
quem o personagem título se apaixona e com ela tem um filho, que logo morre.
Depois do casamento, do filho e de muitas aventuras ao lado de Macunaíma, Ci também
morre e, como sendo indígena, vai para o céu virar estrela. Antes de partir,
deixa com seu amado um amuleto da sorte, um muiraquitã
(objeto típico da cultura indígena nacional), o qual o protagonista perde e
pelo qual sai em busca Brasil afora, tendo ido parar em São Paulo, onde entra
em duelo com Wenceslau Pietro Pietra para recuperar e conseguir seu amuleto de
volta, honrando sua amada.
Ver:
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o
herói sem nenhum caráter. Agir: Rio de Janeiro, 2008.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o
herói sem nenhum caráter (Rapsódia). 7a ed. São Paulo: Livraria Martins
Editora, 1972.
CAMPOS, Haroldo de. Morfologia do Macunaíma. São Paulo: Perspectiva, 2008.
MELO E SOUZA, Gilda de. O Tupi e o Alaúde: uma interpretação de Macunaíma. S Paulo: Duas
Cidades, 1979.
Sofará
Personagem do romance modernista brasileiro, da
obra prima de Mário de Andrade (1893-1945), Macunaíma
– O herói sem nenhum caráter (1928), em que é cunhada do personagem título,
mulher de seu irmão Jiguê. Sofará, sendo então responsável pela iniciação
sexual de Macunaíma, é expulsa do convívio de sua tribo por trair Jiguê com o
irmão, Macunaíma, o que gera a entrada, no romance, de outra mulher para Jiguê,
Iriqui, personagem menor.
Ver:
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter.
Agir: Rio de Janeiro, 2008.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter
(Rapsódia). 7a ed. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1972.
CAMPOS, Haroldo de. Morfologia do Macunaíma. São Paulo:
Perspectiva, 2008.
MELO E SOUZA, Gilda de. O Tupi e o Alaúde: uma interpretação de Macunaíma. S Paulo: Duas Cidades, 1979.
Mãe de
Macunaíma
Personagem sem nome do romance modernista
brasileiro, da obra prima de Mário de Andrade (1893-1945), Macunaíma – O herói sem nenhum caráter (1928), reconhecida na
leitura por índia tapamunhas ou simplesmente mãe por ser a mãe de Manaape,
Jiguê e Macunaíma. Tem participação rápida no romance porque é assassinada pelo
próprio filho, personagem título, numa caçada, tendo confundindo-a com uma
anta. A morte de sua mãe se dá depois da perda do amuleto muiraquitã por
Macunaíma, o que representa o corte do cordão umbilical ou a perda das raízes,
o que faz então Macunaíma e seus irmãos partirem em rumo à cidade grande, São
Paulo, em busca – principalmente – do amuleto, de crescimento e reconhecimento
próprios.
Ver:
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter.
Agir: Rio de Janeiro, 2008.
ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter
(Rapsódia). 7a ed. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1972.
CAMPOS, Haroldo de. Morfologia do Macunaíma. São Paulo:
Perspectiva, 2008.
MELO E SOUZA, Gilda de. O Tupi e o Alaúde: uma interpretação de
Macunaíma. S Paulo: Duas Cidades, 1979.
Fräulein Elza
Personagem do romance modernista brasileiro, da obra
de Mário de Andrade (1893-1945), Amar,
Verbo Intransitivo (1926). Elza é alemã e é contratada pelo pai,
Felisberto, do protagonista do romance, Carlos, para iniciar o menino na vida
sexual. Seu domínio sexual, com imperturbável serenidade alemã, contrasta com a
espontaneidade e com a impetuosidade bem brasileira do garoto.
Ver:
ANDRADE, Mário de. Amar, verbo Intransitivo (Idílio). 16a. ed. Rio de Janeiro: Vila
Rica, s/d.
Dona Laura
Personagem do romance modernista brasileiro, da
obra de Mário de Andrade (1893-1945), Amar,
Verbo Intransitivo (1926). Dona Laura é a mãe de Carlos, protagonista do
romance e é senhora bem composta, acomodada, burguesa. Uma senhora da sociedade
e que mantém todas as aparências de seriedade religiosa e familiar. Concorda
com os argumentos tão convincentes do marido para a educação do único
filho-homem da família, aceitando a presença de Elza em sua casa.
Ver:
ANDRADE, Mário de. Amar, verbo Intransitivo (Idílio). 16a. ed. Rio de Janeiro: Vila
Rica, s/d.
Dona
Poloquinha
Personagem modernista e dramática da obra prima O Rei da Vela (1937) de Oswald de
Andrade (1890-1954). Mãe de dona Cesarina e avó de Heloísa e de Joana.
Ver:
ANDRADE, Oswald de. O Rei da Vela. São Paulo: Globo, 2003.
FONSECA, Maria Augusta. Por que ler Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2008.
Heloisa de
Lesbos
Personagem modernista e dramática da obra prima O Rei da Vela (1937) de Oswald de
Andrade (1890-1954). Heloísa de Lesbos é mulher vulgar e casou por interesse,
porque sua família de aristocratas rurais está falida. Seu nome não é referente
à homossexualidade, mas representante da ruína de sua classe.
Ver:
ANDRADE, Oswald de. O Rei da Vela. São Paulo: Globo, 2003.
FONSECA, Maria Augusta. Por que ler Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2008.
Joana dos Divãs
Personagem modernista e dramática da obra prima O Rei da Vela (1937) de Oswald de
Andrade (1890-1954). Joana dos Divãs é irmã de Heloísa e leva esse nome pela
atividade sexual intensa nos divãs. Seu namorado a troca por Totó Fruta do
Conde.
Ver:
ANDRADE, Oswald de. O Rei da Vela. São Paulo: Globo, 2003.
FONSECA, Maria Augusta. Por que ler Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2008.
Dona
Cesarina
Personagem modernista e dramática da obra prima O Rei da Vela (1937) de Oswald de
Andrade (1890-1954). Dona Cesarina é mãe de Heloísa e de Joana, é cunhada de
Abelardo I, quem a canta insistentemente.
Ver:
ANDRADE, Oswald de. O Rei da Vela. São Paulo: Globo, 2003.
FONSECA, Maria Augusta. Por que ler Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2008.
Aninha
Viegas
Personagem lírica modernista do poema Evocação do Recife, da obra Libertinagem (1930) do poeta
pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), Aninha Viegas era vizinha do eu
lírico do poema e eram dela as vidraças que ele quando menino partia, brincando
de chicote queimado na Rua da União no Recife.
Ver:
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1984.
Teresa
Personagem lírica modernista do poema de mesmo
nome, da obra Libertinagem (1930) do
poeta pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), Teresa, quando avistada pela
primeira vez pelo eu lírico, achou que tinha pernas estúpidas e também achou
que a cara parecia uma perna. Quando a viu de novo, achou que os olhos fossem
muito mais velhos que o corpo. Já da terceira vez não viu mais nada, os céus se
misturaram com a terra e o espírito de deus voltou a se mover sobre a face das
águas. Teresa é personagem intertextual e recorrente na periodização literária
nacional. Ver, no mesmo Libertinagem
(1930), o poema Madrigal tão Engraçadinho
e ver também Teresa, em Castro Alves,
n° 29 acima.
Ver:
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1984.
Irene
Personagem lírica modernista do poema Irene do Céu, da obra Libertinagem (1930) do poeta
pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), Irene era preta, era boa e sempre de
bom humor. Irene é daquelas tão boas que São Pedro bonachão, na porta do céu,
lhe diria: Entra, Irene, você não precisa pedir licença!
Ver:
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
Joana Louca
Personagem lírica modernista do poema Vou-me Embora Pra Pasárgada, da obra
Libertinagem (1930) do poeta pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), é Joana
Louca, a rainha de Espanha que, neste reino imaginário de Pasárgada, vem a ser
contraparente da nora que o eu lírico nunca teve.
Ver:
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1984.
Rosa
Personagem lírica modernista do poema Vou-me Embora Pra Pasárgada, da obra Libertinagem (1930) do poeta
pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), Rosa é a babá do eu lírico que,
quando ele era pequeno, lhe contava histórias. No reino imaginário de
Pasárgada, a Mãe D’água lhe vem contar essas mesmas histórias.
Ver:
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1978.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6a ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
Mãe D’água
Personagem lírica modernista do poema Vou-me Embora Pra Pasárgada, da obra
Libertinagem (1930) do poeta pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), Mãe
D’água é quem o eu lírico, deitado na beira do rio, manda chamar para lhe
contar as mesmas histórias que Rosa, sua babá, lhe contava no tempo em que ele
era menino.
Ver:
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1978.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6a ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
Jaqueline
Personagem lírica modernista do
poema de mesmo nome, da obra Estrela da
Manhã (1936) do poeta pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), Jaqueline é
uma menina que morreu muito cedo. Ela morta era mais bonita que os anjos. Houve
tempos em que o eu lírico olhava para os retratos de sua interlocutora também
menina como olha agora para a imagem de Jaqueline morta. Sua interlocutora era
tão linda como Jaqueline que merecia ter morrido na idade de Jaqueline.
Ver:
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1978.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6a ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
Santa Maria Egipcíaca
Personagem lírica modernista do poema de mesmo
nome, da obra O Ritmo Dissoluto (1924)
do poeta pernambucano Manuel Bandeira (1886-1968), Santa Maria Egipcíaca é
aquela que segue sua peregrinação à terra do senhor. Quando caiu o crepúsculo,
ela chegou à beira de um grande rio, onde estava num barco um homem de olhar
duro. Ela lhe pediu que a levasse ao outro lado e lhe disse que não tinha
dinheiro. Insistiu algumas vezes até que o homem de olhar duro lhe escarnecesse
e lhe dissesse que não tinha dinheiro, mas tinha o corpo. Foi então que Santa
Maria Egipcíaca entregou ao barqueiro a santidade de sua nudez.
Ver:
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.
BANDEIRA, Manuel. Itinerário de Pasárgada. 6a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1984.
Sinhá Vitória
Personagem do romance modernista
brasileiro, Vidas Secas (1938), da
obra de Graciliano Ramos (1892-1953), Sinhá Vitória é esposa de Fabiano e mãe
de dois meninos, reconhecidos na obra por Menino Grande e Menino Pequeno,
formam uma família de retirantes, que acabam por encontrar pouso numa fazenda
abandonada. Sinhá Vitória é mais esperta que o marido, pois sabe contar. Mas
sendo mulher, acaba por ser submissa a ele, esperando dele as atitudes que o
homem socialmente deve cumprir.
Ver:
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. São Paulo: Record, 2004.
MORAES, Dênis de. O Velho Graça – Uma biografia de Graciliano
Ramos. São Paulo: Boitempo, 2012.
ABEL, Carlos Alberto dos Santos. Graciliano Ramos: Cidadão e Artista.
Brasília: UnB, 1999.
Madalena
Personagem do romance modernista
brasileiro, São Bernardo (1934), da
obra de Graciliano Ramos (1892-1953), Madalena é professora primária em Maceió,
onde vive com sua tia, dona Glória. Madalena, por ser professora, é uma
personagem leitora, é consciente politicamente e engajada nas lutas sociais,
além de ser mulher dócil e humana. É personagem importante em nossa tradição
literária exatamente por apresentar essas características, diferentemente da
grande maioria das personagens femininas. Casa-se com o fazendeiro Paulo
Honório, relação que não se sustenta dadas as diferenças de caráter e de
pensamento que ambos apresentam. Madalena, sufocada pela situação e pelo
marido, acaba por se suicidar, deixando órfão o filho do casal e deixando Paulo
Honório pensativo, amargurado e cheio de remorso. Tal situação de Paulo Honório
o leva à frase síntese do romance: A culpa é dessa vida agreste que me deu uma
alma agreste.
Ver:
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. São Paulo: Record, 2000.
MORAES, Dênis de. O Velho Graça – Uma biografia de Graciliano
Ramos. São Paulo: Boitempo, 2012.
ABEL, Carlos Alberto dos Santos. Graciliano Ramos: Cidadão e Artista.
Brasília: UnB, 1999.
Dona Glória
Personagem do romance modernista
brasileiro, São Bernardo (1934), da
obra de Graciliano Ramos (1892-1953), dona Glória vive em Maceió com a sobrinha
professora, Madalena, até que esta se casa com o fazendeiros Paulo Honório e se
mudem ambas para a fazenda São Bernardo, título do romance.
Ver:
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. São Paulo: Record, 2000.
MORAES, Dênis de. O Velho Graça – Uma biografia de Graciliano
Ramos. São Paulo: Boitempo, 2012.
ABEL, Carlos Alberto dos Santos. Graciliano Ramos: Cidadão e Artista.
Brasília: UnB, 1999.
Conceição
Personagem do romance modernista
brasileiro, O Quinze (1930), da obra
de Raquel de Queiroz (1910-2003), Conceição é avançada para a época e se diz
uma mulher que não precisa casar, para a tristeza da avó Inácia que a criou
como uma menina de seu tempo e de sua região. Mulher generosa e estudada,
professora, pertencente a dois mundos, o do interior e o da cidade; porém, a
paixão pelo primo Vicente mostra que a falta de diálogo entre os dois é também
a falta de diálogo entre esses dois mundos entre os quais Conceição terá que
escolher. Escolhe a cidade, mas pelas contingências climáticas porque, em
virtude da seca, sua família se vê obrigada a abandonar o interior.
Ver:
QUEIROZ, Raquel de. O Quinze. Rio de Janeiro: José Olympio,
2009.
Maria Moura
Personagem do romance modernista
brasileiro, Memorial de Maria Moura
(1992), da obra de Raquel de Queiroz (1910-2003), Maria Moura se vê órfã de pai
e mãe quando, ainda criança, vê sua fazendo atacada e saqueada. Praticamente
obrigada a dividir sua terra com seus primos mais velhos e de mau caráter,
prefere destruir tudo com fogo e fugir deles para, além disso, não ter que
aceitar um casamento forçado e por interesse. Tornando-se líder de um bando que
só cresce à medida que também cresce sua influência, respeito e fortuna, Maria
Moura também se sente sozinha, sendo um personagem que discute a condição da
mulher na sociedade.
Ver:
QUEIROZ, Raquel de. Memorial de Maria Moura. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004.
Soledade
Personagem do romance modernista
brasileiro, A Bagaceira (1928), de
José Américo de Almeida (1887-1980), Soledade é retirante, sobrinha do
fazendeiro Dagoberto Marçal e prima de Lúcio Marçal, filho do fazendeiro. Os
primos sem saber de seu parentesco se apaixonam, mas o pai nega a possibilidade
de se casarem. Lúcio investiga a semelhança dela com sua mãe e enfim descobre o
parentesco deles. O fazendeiro estupra a menina que, envergonhada vai embora.
Passado o tempo, morto Dagoberto e Lúcio herdeiro de tudo, Soledade volta com
uma criança para entregá-la a Lúcio, seu irmão, sugerindo assim simbólica e
literariamente, a reforma agrária, tema dos mais caros à época da qual A Bagaceira é exemplo maior.
Ver:
ALMEIDA, José Américo de. A Bagaceira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1997.
Velha Totônia
Personagem do
romance modernista brasileiro da obra Menino
de Engenho (1932) de José Lins do Rego (1901-1957), a Velha Totônia é
personagem recorrente em sua obra. É analfabeta e banguela, mas guarda uma
grande cultura popular, contando inúmeras histórias e lendas que faz a todos,
principalmente crianças, pararem para ouvir. José Lins do Rego atribui a essa
personagem, provavelmente de existência real, sua maior inspiração.
Ver:
REGO, José Lins do. Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999.
Clarisse
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Menino de Engenho
(1932) de José Lins do Rego (1901-1957), Clarisse é mãe de Carlos, protagonista
do romance. Clarisse é assassinada pelo marido, que vai interno para o hospício
e o menino, traumatizado, é levado para a casa do avô materno, o Coronel Lula
de Holanda.
Ver:
REGO, José Lins do. Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1999.
Tieta
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Tieta do Agreste
(1977), de Jorge Amado (1912-2001). É a personagem título, Antonieta Esteves,
filha de Zé Esteves e irmã de Perpétua. Tieta é delatada pela irmã Perpétua
quando namorava um caixeiro viajante nas dunas da praia da cidade em que
viviam, Santana do Agreste. Por esse motivo, seu pai a expulsa de casa e ela
parte para São Paulo, onde se prostitui e, depois, se torna dona de um
prostíbulo, apadrinhada por um senador. Voltando à sua cidade com intuito de
vingança, se enamora de seu sobrinho, filho de Perpétua.
Ver
AMADO, Jorge. Tieta do Agreste. São Paulo: Record,
1994.
Perpétua
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Tieta do Agreste
(1977), de Jorge Amado (1912-2001). Perpétua é filha de Zé Esteves e irmã de
Tieta. Perpétua é invejosa e má. Viúva de dois filhos, passa a vida a cuidar
deles e a rezar, personagem carola, mas a construção deste personagem está na
crítica de seu caráter tão religioso e tão mau e tão mesquinho.
Ver:
AMADO, Jorge. Tieta do Agreste. São Paulo: Record, 1994.
Tonha
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Tieta do Agreste
(1977), de Jorge Amado (1912-2001). Tonha é esposa do viúvo Zé Esteves e,
assim, madrasta de Perpétua e Tieta. Quase da idade das enteadas, tem uma filha
bem menor que as duas, Elisa. Tonha é extremamente submissa e dedicada à sua
filha e seu marido.
Ver:
AMADO, Jorge. Tieta do Agreste. São Paulo: Record,
1994.
Teresa Batista
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Teresa Batista Cansada
de Guerra (1972), de Jorge Amado (1912-2001). Teresa é órfã de pai e mãe.
Foi criada por sua tia Filipa, que a vendeu, para o Capitão Justiniano Duarte
da Rosa, conhecido por Capitão Justo. O capitão a estupra e a trata com
crueldade, e ela termina por matá-lo, apaixonada por Daniel, que a abandona.
Vai presa, consegue se libertar, se prostitui, canta em cabaré. É mulher extrovertida,
brigona e namoradeira.
Ver:
AMADO, Teresa. Teresa
Batista Cansada de Guerra. São Paulo: Record, 1996.
Gabriela
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Gabriela Cravo Canela
(1958), de Jorge Amado (1912-2001), ambientado nos anos 20 em Ilhéus, BA. Gabriela,
personagem título, é simples e humilde. Exímia cozinheira e, depois da morte de
seu tio-tutor, se vê obrigada a trabalhar, indo ser cozinheira no Bar Vesúvio e
na casa de seu proprietário, um sírio-brasileiro, Nacib. Gabriela é personagem
ícone da Literatura Brasileira, muito por conta do trabalho da mídia em torno
dela, como em novelas e seriados, mas o mérito da obra é que, como pano de fundo,
o período áureo do cacau no Brasil é mostrado ali, personificando as
transformações de uma sociedade patriarcal, arcaica e autoritária, afetada
pelos sopros de renovação cultural, política e econômica.
Ver:
AMADO, Jorge. Gabriela Cravo e Canela. São Paulo:
Record, 1995.
Malvina
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Gabriela Cravo Canela
(1958), de Jorge Amado (1912-2001), Malvina é personagem através do qual o
autor faz uma crítica à sociedade machista e patriarcal, tão somente pelo
simples motivo de que Malvina quer estudar e não se casar. Rebela-se contra o
pai, um coronel tradicional de visão de mundo ignorante, não aceitando suas
imposições sobre o casamento.
Ver:
AMADO, Jorge. Gabriela Cravo e Canela. São Paulo:
Record, 1995.
Gerusa
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Gabriela Cravo Canela
(1958), de Jorge Amado (1912-2001), Gerusa é dócil e tranquila, correspondendo
à posição de contraponto do caráter do avô, o coronel dos coronéis de Ilhéus,
Ramiro Bastos, “dono” de tudo e de todos. Gerusa é seu contraponto porque é o
equilíbrio racional e discernente das coisas e atitudes da família. Porém é
submissa, embora seja dona de uma personalidade ilibada. Normalmente é mal
interpretada em séries e minisséries, tirando-lhe a importância e a força de
seu personagem na trama original da obra.
Ver:
AMADO, Jorge. Gabriela Cravo e Canela. São Paulo:
Record, 1995.
Dona Mocinha
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Gabriela Cravo Canela
(1958), de Jorge Amado (1912-2001). Dona Mocinha é personagem símbolo da
cultura machista e patriarcal da sociedade baiana do início do século XX por
ser adúltera e morrer assassinada pelo marido traído.
Ver:
AMADO, Jorge. Gabriela Cravo e Canela. São Paulo:
Record, 1995.
Maria Machadão
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Gabriela Cravo Canela
(1958), de Jorge Amado (1912-2001). Maria Machadão é a cafetina e dona do
prostíbulo da cidade de Ilhéus, o Bataclã, mais reconhecido e afamado do que os
de Salvador.
Ver:
AMADO, Jorge. Gabriela Cravo e Canela. São Paulo:
Record, 1995.
Dona Flor
Personagem do romance modernista
brasileiro da obra Dona Flor e Seus Dois
Maridos (1966), de Jorge Amado (1912-2001). Dona Flor é casada com o boêmio
Vadinho que, em dia de carnaval, morre, deixando-a viúva. Dona Flor, ao se
casar outra vez, com o farmacêutico, passa a receber visita do marido morto. É
obra que corresponde ao realismo fantástico, pela presença do morto, porém se
intercalam doses de crítica da realidade, como também culinária (por ser ela
excelente cozinheira, inclusive professora de culinária) e de farmácia.
Ver:
AMADO, Jorge. Dona Flor e Seus Dois Maridos. São
Paulo: Record, 1995.
GH
GH é personagem reconhecida
apenas pelas iniciais de seu nome. É personagem do romance modernista
brasileiro A Paixão Segundo GH (1964),
da obra de Clarice Lispector (1920-1977). A protagonista se mostra extremamente
perturbada emocionalmente e, sem entender o motivo real de sua existência e
questionando-a, come uma barata. Tal atitude a faz elucubrar intensa e
existencialmente sobre sua vida, praticamente num monólogo em fluxo de
consciência. A obra apresenta forte relação intertextual com A Metamorfose (1915) de Kafka
(1883-1924), e apresenta também várias simbologias internamente detectáveis no
universo clariceano.
Ver.
LISPECTOR, Clarice. A Paixão Segundo G.H. Rio de Janeiro:
Rocco, 1998.
Macabea
Personagem do romance modernista
brasileiro, A Hora da Estrela (1977),
da obra de Clarice Lispector (1920-1977), Macabea é menina interiorana
nordestina, simplória, ignorante, tendo se mudado para o Rio de Janeiro, vira
centro das atenções do escritor e fracassado, Rodrigo SM, que a usa como
personagem de um romance que não consegue terminar. Macabea namora Olímpico, também
simplório e nordestino, migrante para o Rio de Janeiro. Macabea morre
atropelada por um caminhão.
Ver:
LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela – Áudio-Livro. Rio de
Janeiro: Rocco, 2006.
LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1992.
Dona Glória
Personagem do romance modernista
brasileiro, A Hora da Estrela (1977),
da obra de Clarice Lispector (1920-1977), Glória é amiga do trabalho de
Macabea. Olímpico deixa Macabea para ficar com Glória porque o pai desta era
dono de um açougue o que o rapaz enxerga como possibilidade de ascensão social.
Ver:
LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela – Áudio-Livro. Rio de
Janeiro: Rocco, 2006.
LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1992.
Menina Pernambucana
Personagem da narrativa
brasileira, pertencente ao conto Felicidade
Clandestina, da coletânea
homônima (1971), da obra de Clarice Lispector (1920-1977). A menina é
pernambucana e tem uma amiga cujo pai é dono de livraria. A menina vê isso como
um privilégio e ambiciona um livro que sua amiga tem, mas que não empresta,
exercendo sobre a protagonista sessões de tortura chinesa. A relação da
protagonista com a amiga, depois com a mãe da amiga, que obriga o empréstimo do
livro e, por último, com o próprio livro, As
Reinações de Narizinho, são metáforas para o entendimento simbólico do
crescimento e amadurecimento da protagonista.
Ver:
LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro:
Rocco, 2009.
Protagonista de Água Viva
Personagem sem nome da narrativa
brasileira, pertencente ao romance modernista brasileiro, Água Viva (1973), da obra de Clarice Lispector (1920-1977), no qual
esta mulher questiona, amaldiçoa, bendiz, rejeita a vida por sofrê-la
angustiadamente. É neste romance, praticamente um monólogo, em que a
protagonista procura o it de todas as coisas, numa busca existencial,
significativa e epifânica.
Ver:
LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Diadorim
Personagens dos mais célebres da literatura
nacional, pertencente ao romance modernista Grande
Sertão: Veredas (1956), obra prima de João Guimarães Rosa (1908-1967) e,
indiscutivelmente, um dos maiores em Língua Portuguesa. Diadorim ficou órfão de
pai e, para vingar-lhe a morte, entra para um bando de jagunços, cujo objetivo
era matar o assassino de Joca Ramiro, pai de Diadorim. O entrecho desta obra
está no fato de que Diadorim, embora se apresentando como homem, era, na
verdade, mulher, mas que esconde sua identidade de todos, inclusive do leitor,
para poder participar do bando. Por isso, ao conhecer Riobaldo, outro jagunço,
os dois passam a ter uma relação diferente, que fica oscilando entre o limite
da amizade e de uma possível relação afetiva de um casal, o que Riobaldo
rejeita de pronto e sempre, mas questionando seus sentimentos e em constante
luta interior consigo mesmo. Até que na cena de morte de Diadorim se revela a
todos o segredo dela, cena tal comovente e surpreendente, deixando a todos,
inclusive leitores, estarrecidos.
Ver:
ROSA, J. Guimarães. Grande
Sertão: Veredas. São Paulo: Nova Fronteira, 2001.
Carolina Maria de Jesus
Personagem da narrativa
autobiográfica de Carolina Maria de Jesus (1914-1977), em sua obra Quarto de Despejo (1960), na qual
Carolina Maria de Jesus, uma favelada, catadora de papel, relata em espécie de
diário seu cotidiano, suas necessidades e reflexões existenciais, faz de seu
diário um meio de denúncia e crítica social e política.
Ver:
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de Despejo – Diário de Uma Favelada.
São Paulo: Ática, 2005.
Ana Clara
Personagem do romance contemporâneo
brasileiro da obra As Meninas (1973),
de Lygia Fagundes Teles (1923). Ana Clara, Lorena e Lia são as três meninas,
estudantes universitárias que convivem em um pensionato de freiras, durante o
Regime Militar. De origens totalmente diferentes, elas estabelecem fortes laços
de cumplicidade, até o momento em que sua amizade é colocada à prova. Ana Clara
é uma atormentada aluna de Psicologia que passa toda a história envolta com
problemas de drogas, com seu namorado traficante, com alucinações e com seu
trágico passado.
Ver:
TELLES, Lygia Fagundes. As Meninas. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Lia
Personagem do romance
contemporâneo brasileiro da obra As
Meninas (1973), de Lygia Fagundes Teles (1923). Lia, Ana Clara e Lia são as
três meninas, estudantes universitárias que convivem em um pensionato de
freiras, durante o Regime Militar. De origens totalmente diferentes, elas
estabelecem fortes laços de cumplicidade, até o momento em que sua amizade é
colocada à prova. Lia, revolucionária, chamada algumas vezes por suas amigas de
Lião. Filha de uma brasileira, natural da Bahia, com um alemão ex-nazista, Lia
tem seus ideais bem resolvidos e demonstra muita fibra ao persegui-los, não
importando as dificuldades que tenha que superar. Estudante de Ciências
Sociais, tenta a todo custo reencontrar seu namorado, um preso político que
será enviado para a Argélia.
Ver:
TELLES, Lygia Fagundes. As Meninas. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Lorena
Personagem do romance modernista
contemporâneo brasileiro da obra As
Meninas (1973), de Lygia Fagundes Teles (1923). Lorena, Ana Clara e Lia são
as três meninas, estudantes universitárias que convivem em um pensionato de
freiras, durante o Regime Militar. De origens totalmente diferentes, elas
estabelecem fortes laços de cumplicidade, até o momento em que sua amizade é
colocada à prova. Lorena é apresentada como a menina rica e cheia de ideais.
Apaixonada por Marcos Nemesius, um médico casado e pai de cinco filhos, a
estudante de Direito passa o livro a sonhar com um telefonema, uma visita ou
mesmo um recado de seu amado, o que nunca ocorre.
Ver:
TELLES, Lygia Fagundes. As Meninas. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Clessy
Personagem dramática do moderno
teatro brasileiro da obra prima Vestido de
Noiva (1943), de Nelson Rodrigues (1912-1980). Madame Clessy foi prostituta
e, na altura em que se passa a cena, já era uma cafetina de prostitutas de
luxo. Madame Clessy era afrancesada e tinha um diário, o qual foi encontrado
por Alaíde, na casa em que mora e em que outrora funcionava o prostíbulo de
Clessy. Tal diário, lido em flashes pela personagem, é apresentado ao
leitor/espectador como uma espécie de desejos recônditos de Alaíde, cujos
pudores não lhe permitiriam tais atitudes. Reside aí uma das críticas mais
fortes da obra, a hipocrisia social tão veementemente combatida pelo autor.
Ver:
RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 2003.
RODRIGUES, Nelson. Vestido de Noiva. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2001.
Alaíde
Personagem dramática do moderno
teatro brasileiro da obra prima Vestido
de Noiva (1943), de Nelson Rodrigues (1912-1980). Alaíde é irmã de Lucia e
ambas, como bem do gosto característico do autor, brigam pelo mesmo homem.
Alaíde sofre um acidente de automóvel e o tempo presente da peça ela está numa
mesa de cirurgia. Porém, e aí está a revolução provocada por esta peça, a cena
se divide entre o plano real, o plano da alucinação de Alaíde e o plano da
memória. É no plano da memória em que se desenrolam as intrigas das irmãs e é
no plano da alucinação que aparecem as atitudes de Madame Clessy misturadas com
os desejos de Alaíde.
Ver:
RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 2003.
RODRIGUES, Nelson. Vestido de Noiva. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2001.
Lucia
Personagem dramática do moderno
teatro brasileiro da obra prima Vestido
de Noiva (1943), de Nelson Rodrigues (1912-1980). Lucia é irmã de Alaíde e
ambas, como bem do gosto característico do autor, brigam pelo mesmo homem. Com
a possível morte da irmã, Alaíde, atropelada e na mesa de cirurgia, Lucia sairá
vencedora na disputa pelo marido de Alaíde.
Ver:
RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 2003.
RODRIGUES, Nelson. Vestido de Noiva. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2001.
Engraçadinha
Personagem do romance
contemporâneo brasileiro, Asfalto
Selvagem: Engraçadinha Seus Amores e Seus Pecados (1959), da obra de Nelson
Rodrigues (1912-1980). Engraçadinha é a protagonista do romance, noiva de Zózimo
e filha de dr. Arnaldo. Foi criada com Sílvio, dito seu primo. Engraçadinha e
Sílvio mantêm às escondidas namoricos de infância até que, adolescentes, são
flagrados em ato sexual. Neste momento, lhes é revelada a verdade: eles são
irmãos, o que leva à morte, de desgosto, do pai deles, dr. Arnaldo, e ao ato
impensado e drástico de Sílvio, que é o de se castrar.
RODRIGUES, Nelson. Asfalto Selvagem. Rio de Janeiro: Agir,
2008.
Letícia
Personagem do romance
contemporâneo brasileiro, Asfalto
Selvagem: Engraçadinha Seus Amores e Seus Pecados (1959), da obra de Nelson
Rodrigues (1912-1980). Letícia é prima e amiga de Engraçadinha, convivendo
praticamente todos os dias na casa do tio dr. Arnaldo e pai de Engraçadinha.
Letícia é personagem bem elaborada, construída e complexa porque, sendo
homossexual, apaixonada pela prima, passa a obra tentando provar que o que
sente é puro e honesto, é amor e não tara.
Ver:
RODRIGUES, Nelson. Asfalto Selvagem. Rio de Janeiro: Agir,
2008.
Selminha
Personagem dramática do moderno
teatro brasileiro da obra Beijo no
Asfalto (1961), de Nelson Rodrigues (1912-1980). Selminha é esposa de
Arandir e é a única que, em tese, acreditaria em seu marido, que, supostamente,
teria beijado a boca de um homem morto atropelado por um ônibus na porta de seu
trabalho. Mas as acusações são tantas e a situação fica tão óbvia que Selminha
abandona o marido, indo morar num hotel, deixando em casa o marido com a irmã
Dália.
Ver:
RODRIGUES, Nelson. O Beijo no Asfalto. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1995.
RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 2003.
Dália
Personagem dramática do moderno
teatro brasileiro da obra Beijo no Asfalto (1961), de Nelson Rodrigues
(1912-1980). Dália é irmã de Selminha e tem verdadeira adoração pelo marido da
irmã, Selminha. Tendo ido morar num hotel, Dália aproveita a ocasião e se
declara ao cunhado, oferecendo-se a Arandir. Diz-lhe que aceitaria morrer com
ele e, ao contrário de Selminha, Dália coloca-se do lado de Arandir e não
acredita nas acusações que pesam sobre ele.
Ver:
RODRIGUES, Nelson. O Beijo no Asfalto. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1995.
RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 2003.
Teresinha Fernandes de Duran
Personagem dramática brasileira
da obra A Ópera do Malandro (1978),
de Chico Buarque (1946). Teresinha é filha de Vitória e de Fernandes de Duran,
ele, alemão e dono de rede de prostíbulos no Rio. Teresinha é menina bem
criada, estudou fora do país, mas, quando volta ao Brasil, conhece um contrabandista
casado com Lúcia, Max Overseas, malandro cheio de lábia, com quem se casa sem
saber do casamento dele com a prostituta Lucia. É Teresinha que, no final, dá o
golpe, traindo o malandro, que pensava sempre se dar bem. É a personagem
Teresinha que cabe a interpretação da canção clássica deste musical – Teresinha.
Ver:
BUARQUE, Chico. Ópera do Malandro. Círculo do Livro. São
Paulo, 1978.
Vitória Fernandes de Duran
Personagem dramática contemporânea
brasileira da obra A Ópera do Malandro
(1978), de Chico Buarque (1946). Vitória é a mãe de Teresinha e esposa de
Fernandes de Duran. Mulher fútil e alienada, preocupada com as aparências e com
a educação da filha, que a “trai” por se casar com um contrabandista, Max
Overseas. É a personagem de Vitória a de Fernandes de Duran que cabe a
interpretação da canção clássica deste musical – Uma Canção Desnaturada.
Ver:
BUARQUE, Chico. Ópera do Malandro. Círculo do Livro. São
Paulo, 1978.
Lucia
Personagem dramática contemporânea
brasileira da obra A Ópera do Malandro
(1978), de Chico Buarque (1946). Lúcia é prostituta do prostíbulo de Fernandes
de Duran e é casada com o contrabandista Max Overseas. Lúcia e Teresinha são
rivais, portanto, e é a elas que cabe a interpretação da canção clássica deste
musical – O Meu Amor.
Ver:
BUARQUE, Chico. Ópera do Malandro. Círculo do Livro. São
Paulo, 1978.
Fichinha
Personagem dramática contemporânea
brasileira da obra A Ópera do Malandro
(1978), de Chico Buarque (1946). Fichinha é uma das prostitutas da rede de
prostíbulos do cafetão alemão Fernandes de Duran. É ela quem vem do nordeste e
é acolhida pelas prostitutas antigas. A Fichinha cabe a interpretação da canção
clássica deste musical – Folhetim.
Ver:
BUARQUE, Chico. Ópera do Malandro. Círculo do Livro. São
Paulo, 1978.
Dóris Pelanca
Personagem dramática
contemporânea brasileira da obra A Ópera
do Malandro (1978), de Chico Buarque (1946). Dóris Pelanca é uma das
prostitutas da rede de prostíbulos do cafetão alemão Fernandes de Duran.
Ver:
BUARQUE, Chico. Ópera do Malandro. Círculo do Livro. São
Paulo, 1978.
Mimi Bibelô
Personagem dramática
contemporânea brasileira da obra A Ópera
do Malandro (1978), de Chico Buarque (1946). Mimi Bibelô é uma das
prostitutas da rede de prostíbulos do cafetão alemão Fernandes de Duran.
Ver:
BUARQUE, Chico. Ópera do Malandro. Círculo do Livro. São
Paulo, 1978.
Gení
Personagem dramática
contemporânea brasileira da obra A Ópera
do Malandro (1978), de Chico Buarque (1946). Gení é travesti e, ao que
parece, apaixonada por Max Overseas, um contrabandista carioca, por isso é ela
a responsável por levar aos pais de Teresinha, com quem Max se casa já sendo
casado com Lucia, a notícia do casamento do contrabandista com Teresinha, o que
visto como um grande desgosto. Gení é promíscua, seu corpo é dos errantes, dos
cegos, dos retirantes e de quem não tem mais nada.
Ver:
BUARQUE, Chico. Ópera do Malandro. Círculo do Livro. São
Paulo, 1978.
Barbara
Personagem dramática contemporânea
brasileira da obra Calabar (1973), de
Chico Buarque (1946) e de Ruy Guerra (1931). É Bárbara a mulher de Calabar e,
durante o primeiro ato, denuncia os traidores de seu marido. Porém também é uma
traidora, pois trai seu marido com Sebastião do Souto e com Ana de Amsterdã
também.
Ver:
GUERRA, Ruy; BUARQUE, Chico. Calabar. São Paulo: Civilização
Brasileira, 2006.
Ana de Amsterdã
Personagem dramática contemporânea
brasileira da obra Calabar (1973), de
Chico Buarque (1946) e de Ruy Guerra (1931). Ana de Amsterdã é prostituta e pode
ser entendida como uma representação da Colônia, explorada por homens de todas
as raças. Representa todas as prostitutas que vieram ao Brasil tentar a
vida. Como prostitutas, representariam a
venalidade, a traição.
Ver:
GUERRA, Ruy; BUARQUE, Chico. Calabar. São Paulo: Civilização
Brasileira, 2006.
Erotildes
Personagem do romance modernista
brasileiro, com traços de realismo fantástico, da obra Incidente em Antares (1971) de Érico Veríssimo (1905-1975), na qual
a disputa política da cidade sempre esteve na mão de duas famílias rivais: Os
Vacarianos e os Campolargos. O entrecho da obra é o fato de sete mortos não serem
enterrados porque a cidade estava em greve geral, inclusive os coveiros do
cemitério, por isso, os insepultos se levantam da vida após a morte e, no
coreto da praça da cidade, passam a discutir, criticar e esclarecer para eles
mesmos os motivos pelos quais a vida é como e porque é da forma como se
apresentou a eles e se apresenta a todos. Romance reflexivo e crítico de grande
vigor e fôlego. Erotildes é uma dos insepultos, era prostituta da cidade de
Antares.
Ver:
VERÍSSIMO, Érico. Incidente em Antares. São Paulo: Companhia
das Letras, 2006.
Briolanja Vacariano
Personagem do romance modernista
brasileiro, com traços de realismo fantástico, da obra Incidente em Antares (1971) de Érico Veríssimo (1905-1975), na qual
a disputa política da cidade sempre esteve na mão de duas famílias rivais: Os
Vacarianos e os Campolargos. O entrecho da obra é o fato de sete mortos não
serem enterrados porque a cidade estava em greve geral, inclusive os coveiros
do cemitério, por isso, os insepultos se levantam da vida após a morte e, no
coreto da praça da cidade, passam a discutir, criticar e esclarecer para eles
mesmos os motivos pelos quais a vida é como e porque é da forma como se
apresentou a eles e se apresenta a todos. Romance reflexivo e crítico de grande
vigor e fôlego. Dona Briolanja Vacariano, grande dama da sociedade de Antares,
esposa de Tibério Vacariano, rival dos Campolargos, na figura de dona Quitéria
Campolargo, mas que, dado o tempo passado e o tempo em que viviam, já relevavam
as rivalidades e as duas senhoras já mantinham um certo grau de amizade. Foi
dona Briolanja quem avisou ao marido da morte de dona Quitéria.
Ver:
VERÍSSIMO, Érico. Incidente em Antares. Companhia das
Letras: São Paulo, 2006.
Quitéria Campolargo
Personagem do romance modernista
brasileiro, com traços de realismo fantástico, da obra Incidente em Antares (1971) de Érico Veríssimo (1905-1975), na qual
a disputa política da cidade sempre esteve na mão de duas famílias rivais: Os
Vacarianos e os Campolargos. O entrecho da obra é o fato de sete mortos não
serem enterrados porque a cidade estava em greve geral, inclusive os coveiros
do cemitério, por isso, os insepultos se levantam da vida após a morte e, no
coreto da praça da cidade, passam a discutir, criticar e esclarecer para eles
mesmos os motivos pelos quais a vida é como e porque é da forma como se
apresentou a eles e se apresenta a todos. Romance reflexivo e crítico de grande
vigor e fôlego. Dona Quitéria Campolargo é uma dama da sociedade de Antares,
uma dos insepultos, esposa de Zózimo Campolargo, um senhor fraco de caráter e
de temperamento. Sua esposa se sobrepunha a ele e, viúva, cuidava do clã dos
Campolargos de maneira séria e forte. Conhecida por Quita, dona Quitéria falece
no dia da greve geral, em seu velório preparadíssimo e concorrido, porém nem
ela, uma grande dama da sociedade, pode ter sido enterrada.
Ver:
VERÍSSIMO, Érico. Incidente em Antares. Companhia das
Letras: São Paulo, 2006.
Internet |
Texto originalmente apresentado na disciplina de Controle Bibliográfico na Universidade de Brasília - UnB.
Fernando Medeiros é professor de Literatura.
Fernando Medeiros é professor de Literatura.
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